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terça-feira, 1 de junho de 2010

ERA UMA VEZ UM PÉ DE AMORA

No terreno do edifício onde moro existia um pé de amora até o dia 24 de maio de 2010.
Era lindo...
Uma árvore até certo ponto rara no nordeste. Difícil de achar quem conheça a árvore e a fruta.
Que orgulho poder mostrar o pé de amora e explicar do que se tratava, além, é claro, de ensinar a cada um a saborear a pequena e deliciosa fruta!
Esta é uma fruta de origem asiática que se adaptou muito bem no Brasil. Assim como tantas outras. A Amora nasceu na terra de Ghandi, foi para o continente europeu no século XVII, depois aportou no Brasil e talvez, quem sabe, pelas Américas. No Brasil, ela ficou restrita aos quintais domésticos, não houve interesse em cultivá-la em alta escala, em comercializá-la. Talvez por ser uma fruta sensível, de modo delicado em conservá-la.
A árvore é espaçosa com seus galhos, se deixá-la livre atinge uma altura em torno de 10 metros de altura. Vira um belo jardim para os passarinhos: é uma algazarra total, prazeroso de assistir.
É uma fruta doce com pouca acidez, saborosa e medicinal: ela é rica em vitamina A e C. Age como adstringente natural alivia a diarréia, cada 100 gramas contêm 61 calorias. Muito usada popularmente como repositor hormonal, o chá de sua folha também é considerado medicinal.
Tomar 3 copos de suco de amora ao dia pode aumentar, de modo significativo, a taxa de colesterol bom no sangue, ampliando com isso os níveis de antioxidantes, além de reduzir o risco de doenças do coração.
Estudos têm comprovado que a amora pode ajudar a prevenir infecção urinária, reduzir o risco de úlcera e câncer no estômago.
A sua utilização é variada. Faz-se geléia (uma das melhores), sorvete, suco, doce, bombons, glacê, dá sabor em molhos, etc..

Porém, agora, não faremos mais nada disso! Só lamentar, pois o pé de amora foi cortado. Sem motivos ou explicações.

E quando pedimos: “Por favor, deixe o tronco para brotar de novo!”. A resposta foi: “Não! A árvore deve ser cortada pela raiz!”

Este é um desabafo de quem não vê sentido nesse ato que está na contra mão da história: enquanto tantos lutam pela preservação do ambiente, nós cortamos árvores ao invés de conservá-las ou plantar outras tantas.

Que este texto sirva para nossa reflexão.

Adeus passarinhos que cantavam e encantavam as nossas manhãs!
Adeus pé de amora!

Um comentário:

  1. Uma história com um final não muito feliz.
    Ano passado plantei no meu quintal dois pés de amora, para minha tristeza, veio o senhor inverno e judiou das duas sem dó nem piedade. D:

    Já tinham brotado e estava nascendo amoras pequeninas do tamanho de um feijão, mas infelizmente morreram, por causa da chuva e do vento forte.
    Aqui em meu bairro existem vários pés de amora. =]

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